27 de ago. de 2009

Autismo

Autismo é o tema do programa Caminhos da Reportagem da próxima quinta-feira, dia 27.

O autismo é uma alteração cerebral que compromete o desenvolvimento neurológico de crianças na faixa dos 2, 3 anos de idade. Tem como características a regressão das relações interpessoais, alteração na linguagem e nos movimentos.

Os sintomas podem ser observados a partir dos seis meses de idade. As causas ainda não são totalmente conhecidas, mas os especialistas dizem que podem estar associadas a fatores genéticos, embora não sejam hereditárias.

O autismo não é uma doença. Não tem cura, apresenta diferentes tipos e graus de comprometimento, mas com tratamento adequado o portador pode ganhar na qualidade de vida.

A falta de informação sobre o autismo é um dos maiores desafios a ser vencido. A Casa da Esperança, em Fortaleza, Ceará, é o mais importante centro de tratamento do Brasil e da América do Sul.

O programa Caminhos da Reportagem vai ao ar nesta quinta-feira, às 22h.

Fonte [http://www.tvbrasil.org.br/caminhosdareportagem/]

17 de ago. de 2009

Barabalha e Catarina criam comissão pró Conselho

De 11 a 14 de agosto a comissão de articulação de conselhos do CEDEF visitou os municípios de Catarina e Barbalha para estimular a criação dos Conselhos Municipais dos Direitos da Pessoa com Deficiência.
Foram feitas apresentações que contextualizam os conceitos, as lutas e os direitos das pessoas com deficiência, sobre inclusão, acessibilidade, sociedade inclusiva, importância da participação e Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência.
Também foram apresentadas as Diretrizes para criação de conselhos do CONADE.
Ambos os momentos, em Catarina dia 12 e Barbalha dia 13, tiveram ampla participação das pessoas com deficência de todos os segmentos, bem como de representações de entidades, câmaras municipais, conselhos e gestores de diversas secretarias dos respectivos municípios.
Foram criadas comissões com o objetivo de discutir os projetos de criação dos conselhos de forma participativa, em consonância com as diretrizes do CONADE e considerando a realidade local.


Foto: Em Barbalha, intérprete de libras e pessoas com deficiência auditiva


Foto: Zé Leite, Prefeito de Barbalha

Foto: Jacinto, Conselheiro do CEDEF, falando do papel do Conselheiro em Barbalha


Foto: Em Catarina, em primeiro plano Alexandre Mapurunga e Jacinto na platéia assistindo a apresentação da 1ª dama Dona Fernanda (fora da foto).



Foto: Alexandre Mapurunga palestrando sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência em Catarina


Foto: 1ª dama e representantes da secretaria de assistência social de Catarina e Comissão de Articulação de Conselhos do CEDEF (Lisane, Alexandre e Jacinto)

Foto: Em Catarina: Lisane, secretaria executiva do CEDEF, falando das diretrizes do CONADE

16 de ago. de 2009

PORTADORES SEM CABEÇA

---------- Forwarded message ----------
From: Celso Zoppi <>
Date: 2009/8/12
Subject: [cacconade:35] PORTADORES SEM CABEÇA
To:


PORTADORES SEM CABEÇA
Dizem os dicionários que portador é o que ou aquele que conduz ou leva alguma coisa. O verbo portar é ainda mais claro, usando como sinônimos além do levar, o transportar.

Às coisas que são mais fáceis ou leves de transportar damos o nome de portáteis.

Podemos portar objetos físicos, mas também os não físicos. Eu posso ser portador de boas ou más notícias (se bem que, nesse caso, a origem da expressão esteja ligada ao fato de que, antigamente, as notícias eram levadas fisicamente em papéis).

Uma das características fundamentais da portabilidade é o fato que o objeto transportado pode ser deixado em algum lugar, ele não está incrustrado no seu portador.

Eu porto minha carteira de identidade, mas posso esquecê-la em casa.

Muitas pessoas podem se utilizar de portadores para enviar encomendas.

Os cegos portam suas bengalas mas não conheço nenhum que durma com elas.

Agora, ninguém porta algo que seja parte da sua própria pessoa, ou você conhece alguém que deixe a sua cabeça na sala e vá fazer outra coisa? (nem aqueles que dizemos que só não perdem a cabeça porque está presa no pescoço)

Uma pessoa com deficiência pode portar vários objetos. Mas não a sua deficiência. Essa é inerente à sua pessoa. É indissociável dela.

O que não significa que não exista um monte de gente que ainda use essa expressão. Devem ser pessoas que carregam suas cabeças debaixo do braço e a largam perdida por aí.

Na próxima vez que você se referir a uma pessoa com deficiência como portador aproveite e deixe sua cabeça no criado mudo para ver se ela reflete mais cuidadosamente sobre o assunto.

Descrição da imagem : figura de uma pessoa carregando a cabeça debaixo do braço
 
FÁBIO ADIRON
JULHO / 2009

15 de ago. de 2009

FÓRUM DOS CONSELHOS ESTADUAIS DOS DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

Foto: Mesa de abetura - Luis Eduardo (Promotor de Justiça), Fátima Catunda (Secretária STDS), Maria Célia Habbib (Primeira Dama do Estado), Marcos Cals (Secretário SEJUS), Rafael Cortez (CORDE/SEDH), Alexandre Mapurunga (CEDEF-Ce)


Foto: Panorâmica da plenária, cerca de 200 participantes (Gestores municipais e Estaduais, Sociedade Civil e 14 Conselhos Estaduais).


Foto: 1ª Reunião do Fórum dos Conselhos Estaduais dos Direitos da Pessoa com Deficiência - "mesa" em 'U' composta pelos representantes dos Conselhos Estaduais e ao centro e mais ao fundo a Relatora (Elisângela W. Schappo - SC), Coordenação (Alexandre Mapurunga - Ce) e Coordenação Adjunta (Paulo Kroeff -RS)


Foto: Participantes da Reunião do Fórum, posando diante do painel com logo do I Encontro.





CARTA DE FORTALEZA


O I Encontro dos Conselhos Estaduais dos Direitos da Pessoa com Deficiência “Participação e Controle Social das Políticas Públicas”, realizado na cidade de Fortaleza/CE, em julho de 2009, do qual participaram representantes de Conselhos Estaduais das Regiões Sul, Sudeste, Norte e Nordeste do Brasil, além de movimentos sociais e representações de governos e conselhos municipais, aponta para uma nova etapa de trabalho conjunto entre os Conselhos Estaduais como espaço de articulação política e de mobilização para o fortalecimento de suas ações no controle social das políticas públicas da pessoa com deficiência no Brasil. O encontro se encerrou com a decisão de transformar as suas conclusões na denominada Carta de Fortaleza.

Os representantes dos Conselhos Estaduais presentes neste I Encontro, considerando a importância do momento histórico de transformação e aceleração de processos inclusivos pelo qual passam as Políticas Públicas Brasileiras, expressam os seguintes compromissos e expectativas:

Construção de uma rede social fortalecida com diversas esferas de articulação, participação e representação nos âmbitos Federal, do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios com apoio e com estímulo por todos aqueles que acreditam numa sociedade mais justa, inclusiva e acessível;
Incentivo ao desenvolvimento de mecanismos de maior representatividade e efetividade político-social, como os Conselhos, Coordenadorias, Fóruns e Movimentos Sociais, que busquem promover a inclusão das pessoas com deficiência na sociedade, garantindo os seus direitos básicos e combatendo os preconceitos;
Criação das Secretarias de Estado ou Órgãos Coordenadores ou Superintendências para articulação política da inclusão da pessoa com deficiência, a exemplo dos Estados de Piauí e de São Paulo;
Concepção de Conselhos Estaduais dos Direitos da Pessoa com Deficiência com infraestrutura adequada para seu funcionamento efetivo que garanta Recursos Humanos capacitados para o secretariado, apoio técnico, atuação descentralizada nos Estados e a participação efetiva dos Conselheiros do Interior;
Aperfeiçoamento dos mecanismos de divulgação dos objetivos e das atividades dos Conselhos Estaduais em seus Estados;
Integração entre os Conselhos Estaduais e os Movimentos Sociais, na busca de um novo marco da participação social no controle das políticas públicas da pessoa com deficiência;
Desenvolvimento de uma melhor logística de funcionamento das atividades dos Conselhos com criação de Comissões de Trabalho, criação de Atas de Reuniões, criação de listas de discussões, criação de relatórios de atividades e outros;
Valorização das atuações participativas e representativas do Conselheiro seja representante Governamental ou da Sociedade Civil;
Articulação das ações dos Conselhos com o Ministério Público (MP) ou com a Associação dos Membros dos Promotores de Deficientes e de Idosos (AMPID) para garantia dos direitos das pessoas com deficiência;
Estimular a implementação da Educação Especial e ou Inclusiva das Pessoas com Deficiências nas grades curriculares das Escolas do Ensino Infantil, Fundamental, Médio e Superior.
Por fim, o Fórum dos Conselhos Estaduais dos Direitos da Pessoa com Deficiência sela este pacto e reafirma o compromisso de luta pela construção de uma sociedade inclusiva por meio deste documento que será enviado a todas as autoridades governamentais e aos representantes constituídos da sociedade brasileira.

Fortaleza, 10 de julho de 2009.


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Conselhos Participantes:
Conselho Estadual para Assuntos da Pessoa Portadora de Deficiência de São Paulo (CEAPPD/ SP); Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Ceará (CEDEF/ CE); Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Rio Grande do Sul (COEPEDE/ RS); Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência de Sergipe (CEDPPD/ SE); Comissão Estadual de Atenção aos Direitos da Pessoa com Deficiência do Amazonas (CEPADE/ AM); Conselho Estadual para Política de Integração da Pessoa Portadora de Deficiência do Rio de Janeiro (CEPDE/ RJ); Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Maranhão (CEPD/ MA); Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência do Rio Grande do Norte (COEDE/ RN); Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Tocantins (COEDE/ TO); Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Espírito Santo (CONDEF/ ES); Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Santa Catarina (CONEDE/ SC); Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência de Minas Gerais (CONPEDE/ MG); Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Paraíba (CEDPD/ PB)

Muita atividade, pouca postagem...

Andei um pouco ausente do Blog... É que foram muitas atividades depois do Fórum dos Conselhos Estaduais que, aliás, foi um sucesso! Vou postar os resultados aqui...
Depois do Fórum, que contou com ampla participação dos Municípios do interior do Estado, Movimento de pessoas com Deficiência e representações de Conselhos Estaduais de todo Brasil, tive reunião do CONADE, reuniões no CEDEF-Ce e visitas ao interior do Estado (Catarina e Barbalha)com a comissão de articulação de conselhos do CEDEF para estimular a criação de conselhos municipais.

No CONADE estamos discutindo, principalmente, o Estatuto da Pessoa com Deficiência e os seminários regionais que vão discutir e propor alterações ao projeto de Lei do Senador Paulo Pain, em consonância com a Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência. As datas e os locais dos seminários devem ser definidos na próxima reunião (19, 20, 21 de agosto).

No CEDEF-Ce, dentre muitas matérias, segue a discussão da proposta de criação da Secretaria para Inclusão da Pessoa com Deficiência do Ceará, ou órgão executivo similar. A comissão temporária que discute o assunto formulará uma minuta de PL que será submetita ao plenário e à ampla discussão com a Sociedade Civil.

As visitas para Catarina e Barabalha foram articuladas no I Encontro Fórum dos Conselhos Estaduais dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Existem outros municípios demandando a visita do CEDEF para apoiar na criação dos Conselhos Municipais. Estamos tentando definir uma agenda.

Não podemos pensar em inclusão sem participação. A construção de uma ampla e fortalecida rede de instrumentos de participação e controle social é fundamental!

É bacana ver que, aqui no Ceará, a articulação do Fórum já aponta para resultados práticos.

Abraços
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