24 de abr. de 2011

CASA DOS AUTISTAS: REPÚDIO À MTV

Eu que cresci em casa de autistas quero de forma veemente repudiar esse pretenso humor, estigmatizante e preconceituoso para com as pessoas com autismo. 
Liberdade de expressão, demanda também consciência e responsabilidade por sua ações... ainda mais quando se tem a disposição um meio de comunicação de massa como a TV.
Como podemos pensar em construir uma visão de respeito e dignidade inerente, autonomia, vida independente, reconhecimento igual perante a lei, um visão de direitos humanos compartilhada e vivida no dia-a-dia se um meio de comunicação como a MTV, uma concessão  pública, com extrema influência no público jovem age de forma tão boçal e irresponsável?
É preciso uma ação coletiva dos movimentos e um posicionamento da SNPD e CONADE baseado na Convenção em seu art. 8.1.b: Os Estados Partes se comprometem a adotar medidas imediatas, efetivas e apropriadas para combater estereótipos, preconceitos e práticas nocivas em relação a pessoas com deficiência.
Estou indignado!

--
Alexandre Mapurunga

22 de abr. de 2011

CASDEF/SENADO discute trabalho, BPC, aposentadoria e pensão para pessoas com Deficiência

A Subcomissão Permanente de Assuntos Sociais das Pessoas com Deficiência - CASDEF discutirá a inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho em sua 4ª Reunião Extraordinária, no dia 28 de abril e as questões relacionadas à aposentadoria especial, ao benefício da prestação continuada e  à pensão por morte dos pais em audiência pública no próximo dia o dia 05 de maio. 

Discussão importante de acompanhar... Se não der pra ser em Brasília, pelo menos pela TV Senado.

Abraços,

Alexandre Mapurunga

 
Brasília, 20 de abril de 2011.
Na qualidade de presidente da Subcomissão Permanente de Assuntos Sociais das Pessoas com Deficiência - CASDEF, da Comissão de Assuntos Sociais , tenho a satisfação de convidá-lo (a) para participar da 4ª Reunião Extraordinária que irá discutir a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, no dia 28 de abril, quinta-feira, às 9 horas, na Sala Florestan Fernandes, Plenário nº 9, da Ala Senador Alexandre Costa, Anexo II do Senado Federal.
Comunico ainda que a próxima audiência pública, marcada para o dia 05 de maio, abordará a questão da aposentadoria especial, do benefício da prestação continuada e da pensão por morte dos pais. 
 
 
Senador LINDBERGH FARIAS
Presidente da CASDEF

via: Regina Atalla

-
Alexandre Mapurunga
http://inclusaoediversidade.com

16 de abr. de 2011

Posicionamento da Frente Parlamentar acerca do PL do Estatuto e da Efetivação da Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência


 Via: Rita Mendonça

Discutindo o que nos interessa


O lançamento da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, em 5 de abril, deu início a importantes discussões sobre qual a melhor maneira em se regulamentar a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência em nosso País.


A primeira semana de abril no Congresso Nacional foi movimentada, produtiva e, sobretudo, marcante no que se refere aos direitos dos brasileiros com algum tipo de deficiência. Terça-feira, dia 5, foi oficialmente lançada a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência. Uma Frente mista, com representantes da Câmara dos Deputados e do Senado e que tem como presidente a deputada Rosinha da Adefal, uma mulher cadeirante com uma trajetória intensa na defesa dos direitos das pessoas com deficiência. Uma conquista defendida pela deputada Mara Gabrilli, que sempre aplicou a máxima “nada sobre nós sem nós”, em conjunto com o deputado Walter Tosta.


E é essa a linha de trabalho adotada pela Frente, que espera a intensa participação da sociedade civil, assumindo como sua missão principal o desafio de regulamentar a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU. Vale lembrar que a Convenção é o único tratado de direitos humanos ratificado com quórum qualificado pelo Congresso Nacional, o que significa que ela integra a nossa Constituição com o mesmo peso das demais normas constitucionais.


Durante a semana, a Frente realizou reuniões para criarem um entendimento sobre a forma de regulamentação da Convenção com o Presidente do Senado, Sen. José Sarney, com o Presidente da Câmara, Dep. Marco Maia, com a Secretária de Direitos Humanos, Min. Maria do Rosário e com assessores da Casa Civil.


Nessa empreitada, também estão sendo fundamentais a experiência e a participação do Desembargador Dr. Ricardo Tadeu Marques da Fonseca, das advogadas Laís de Figueiredo Lopes e Ana Paula Crosara - que tiveram ativa participação na ONU durante a elaboração da Convenção -, assim como da presidente do CVI-Brasil Regina Atala, da subprocuradora do Ministério do Trabalho, Maria Aparecida Gugel, e dos consultores técnicos do Congresso Simone Maria Machado Bonfim, Cleide de Oliveira Lemos e Marcos Evandro Santos.


São muitas as formas pelas quais será possível regulamentar a Convenção: por meio de decretos, portarias ou leis. Mas será por meio do trabalho parlamentar, desenvolvido no Congresso, que serão criadas regras que darão a concretude necessária àquilo firmado na Convenção.


No entanto, como é de conhecimento geral, tramita há mais de dez anos no Congresso o Projeto de Lei de autoria do Senador Paulo Paim que visa instituir o Estatuto da Pessoa com Deficiência. Também é sabido que, pela complexidade do tema e pelo envolvimento da sociedade civil na defesa de seus direitos, há hoje grande resistência em se considerar o projeto, mesmo com as mudanças apresentadas no substitutivo de seu relator, o senador Flavio Arns, como alternativa legislativa plausível para se efetivar a regulamentação da Convenção.


A Frente não desrespeita tampouco contraria o esforço com o qual os Senadores Paim e Arns se aplicaram à matéria, bem como todos os outros parlamentares que tomaram contato com o projeto. Ainda assim, a ratificação da Convenção da ONU trouxe uma nova “ordem constitucional” efetiva e, como seria inevitável em qualquer caso, o projeto não se co-relaciona integralmente às normas da Convenção. Porém, cabe lembrar que a natureza abrangente deste projeto acabou por dotá-lo de uma intricada característica: dificilmente um Projeto de Lei que verse sobre qualquer direito ou benefício à pessoa com deficiência não será apensado ao projeto do Senador Paim.


Diante desses elementos e dos estimulantes debates dessa semana, os deputados da Frente chegaram ao consenso de que é preciso se refletir mais quanto à possibilidade de se aproveitar os dez anos de tramitação do projeto, levando em conta que uma possível reconstrução de seu texto possa ser o instrumento para promovermos a regulamentação da Convenção.


Isso seria feito a partir da discussão da Convenção ponto a ponto – de forma técnico-jurídica – para promover alterações substanciais ao projeto original que permitirão sua integral concordância com os termos da Convenção da ONU e, simultaneamente, aproveite o percurso já transcorrido pelo projeto, que se encontra em situação privilegiada.


Será necessário formar um corpo técnico que dite os caminhos legais para a implementação desta proposta e por isso a Frente Parlamentar está negociando a formação de uma comissão de especialistas composta por juristas e representantes da sociedade civil organizada que ficará encarregada de dar os primeiros contornos a este novo texto. Depois disso, serão realizadas tantas discussões e audiências públicas quanto forem necessárias com a sociedade civil para receber sugestões sobre esse novo texto. Seguiremos à risca a máxima do “Nada sobre nós sem nós” e contaremos com a participação de todos.


Portanto, a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência propõe à sociedade brasileira, em especial aos brasileiros com deficiência, seus familiares e amigos, que considerem com carinho e serenidade nossa proposta de trabalho em não descartar a posição privilegiada em que se encontra o projeto do estatuto.


Pedimos um voto de confiança nesse trabalho de reconstrução do projeto. Pedimos seu apoio e predisposição positiva, para que façamos o melhor trabalho e a compreensão de que nossa proposta não viabilizará a aprovação do projeto como está hoje. Ainda temos um longo caminho a percorrer antes de identificarmos se teremos um novo texto satisfatório e definitivo, mas não podemos deixar passar a possibilidade de construí-lo.

 

Presidenta – Deputada Rosinha da Adefal

Vice-Presidente – Deputado Romário

Coordenador-Geral – Deputado Eduardo Barbosa;

Coordenador Adjunto – Senador Wellington Dias;

Secretário Executivo – Deputado Geraldo Resende;

Coordenador da Área de Acessibilidade – Deputado Walter Tosta

Coordenador da Área do Mercado do Trabalho – Deputado Otávio Leite;

Coordenador da Área da Saúde – Deputado Mandetta;

Coordenar da Área da Educação – Deputada Mara Gabrilli;

Coordenador da Área do Esporte – Senador Lindberg Farias


 

8 de abr. de 2011

Consulta Pública: Relatório Brasileiro sobre o cumprimento da da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência

Caros Amigos e amigas,
Como já sabemos, saiu relatório sobre os dois anos de vigência da Convenção no Brasil que está aberto para consulta pública para possibilitar a participação da sociedade.
Acho que grupos de trabalhos coordenados pelos diversos movimentos e conselhos de direitos poderiam fortalecer e qualificar o processo de participação na consulta pública
É importante a vigilância permanente por parte da sociedade civil, para apoiar o processo de participação encaminho o material anexo.
Um forte abraço,

Alexandre Mapurunga
Assuntos Jurídicos da ABRAÇA
Associação Brasileira para Ação por Direitos das com Autismo
Movimento das Pessoas com Deficiência do Ceará


Artigo 35 da Conveção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência
Relatórios dos Estados Partes
1. Cada Estado Parte, por intermédio do Secretário-Geral das Nações Unidas, submeterá relatório abrangente sobre as medidas adotadas em cumprimento de suas obrigações estabelecidas pela presente Convenção e sobre o progresso alcançado nesse aspecto, dentro do período de dois anos após a entrada em vigor da presente Convenção para o Estado Parte concernente.
2. Depois disso, os Estados Partes submeterão relatórios subseqüentes, ao menos a cada quatro anos, ou quando o Comitê o solicitar.
3. O Comitê determinará as diretrizes aplicáveis ao teor dos relatórios.
4. Um Estado Parte que tiver submetido ao Comitê um relatório inicial abrangente não precisará, em relatórios subseqüentes, repetir informações já apresentadas. Ao elaborar os relatórios ao Comitê, os Estados Partes são instados a fazê-lo de maneira franca e transparente e a levar em consideração o disposto no Artigo 4.3 da presente Convenção.
5. Os relatórios poderão apontar os fatores e as dificuldades que tiverem afetado o cumprimento das obrigações decorrentes da presente Convenção.


Artigo 4.3 (Obrigações Gerais):  Na elaboração e implementação de legislação e políticas para aplicar a presente Convenção e em outros processos de tomada de decisão relativos às pessoas com deficiência, os Estados Partes realizarão consultas estreitas e envolverão ativamente pessoas com deficiência, inclusive crianças com deficiência, por intermédio de suas organizações representativas
Seguem anexos:

5 de abr. de 2011

Fortaleza - Audiência debate inclusão

Com auditório lotado, a audiência pública discutiu inclusão (Foto: DÁRIO GABRIEL/DIVULGAÇÃO)


Nem mesmo a Assembleia Legislativa consegue incluir de modo pleno. O elevador que dá acesso ao auditório das comissões técnicas está quebrado, o que dificultou o acesso de cadeirante. De acordo com a assessoria da Assembleia, o problema deve ser resolvido até o fim da semana.Para a presidente da Associação Brasileira para a Ação por Direitos das Pessoas com Autismo (Abraça), Fátima Dourado, a escola não está preparada para receber a criança autista. “Não podemos esperar de braços cruzados que a escola se adapte. Ela só pode aprender (a incluir) convivendo”, argumenta.
A representante da Secretaria da Educação do Estado (Seduc), Sônia Evaristo, lembra que, apesar das capacitações de professores e de aproximadamente 180 salas de aulas com Atendimento Educacional Especializado (AEE), o que tem sido feito “continua realmente sendo pouco”.
Em alusão ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo, celebrado no último dia 2, a Assembleia Legislativa debateu ontem em audiência pública a inclusão de pessoas com autismo. Na fala de autoridades, representantes de entidades, pais e autistas, a certeza de que a inclusão ainda é um desafio e está longe de ser alcançada.
Para o representante do Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência (Cedef), Alexandre Mapurunga, o mito de que o autista vive “no seu próprio mundo” prejudica a inclusão. “Eles vivem neste mundo e o mundo tem que estar acessível a eles”, diz.

O POVO Online - Fortaleza - Audiência debate inclusão

ABRAÇA - AUTISMO E CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA: Uma questão de respeito à cidadania

ABRAÇA AUTISMO E CPDP.doc Download this file

AUTISMO E CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA:
Uma questão de respeito à cidadania

Fortaleza, 05 de abril de 2011.

A ONU decretou 2 de abril como o dia Mundial da Consciência sobre o Autismo, é uma data que serve como referência para que autistas, suas famílias, governos e sociedade em geral discutam o autismo e reafirmem o compromisso de promoção da inclusão e defesa dos seus direitos fundamentais, tais como saúde, educação, lazer, liberdade, respeito pelo lar e pela família.

O autismo é um distúrbio do neurodesenvolvimento que se manifesta precocemente e afeta as habilidades de comunicação e interação social. O autismo pertence a um grupo de transtornos conhecidos como "Transtornos do Espectro do Autismo - TEA", também chamados "Transtornos Globais do Desenvolvimento".

Novos estudos no âmbito internacional apontam que quase 1% da população possui algum Distúrbio do Espectro do Autismo, no Brasil isso pode significar algo em torno de 1,9 milhão de pessoas que, muitas vezes, são multiplamente vulneráveis e suscetíveis à violação de seus direitos quando encaram os desafios diários inerentes à sua condição aliados ao preconceito, à indiferença, ao abandono, à falta de escolas inclusivas que atendam suas necessidades, à indisponibilidade dos serviços médicos qualificados e a pouca cobertura e abrangência dos serviços de habilitação e reabilitação.

A ONU reconhece o autismo como deficiência e as pessoas com autismo são também protegidas pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência que foi ratificada pelo Brasil em 2008 com status de emenda constitucional. Isso demanda uma nova postura dos movimentos ligados às pessoas com autismo e suas famílias, baseada nos direitos humanos e nos princípios da não discriminação, aceitação das diferenças e plena inclusão e participação na sociedade, demanda também políticas públicas efetivas e abrangentes que garantam que as pessoas com autismo tenham condições de se desenvolver, preservar sua identidade e compartilhar de todos os meios sociais de forma não segregada.

 Nesse sentido, aproveitando a reativação na Câmara Federal da Frente Parlamentar de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, a criação no Senado da Comissão Especial para Regulamentação da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e o momento em que o Brasil e o Mundo se iluminaram de azul por consciência e garantia de direitos para pessoas com autismo, nós, autistas, familiares, profissionais e ativistas do movimento das pessoas com deficiência e direitos humanos que fazemos a Associação Brasileira para Ação por Direitos das Pessoas com Autismo, gostaríamos de apresentar as seguintes considerações:

 Dada a abrangência, os princípios e o status constitucional da Convenção é fundamental que as iniciativas legislativas e de políticas públicas voltadas para as pessoas com autismo sejam coerentes com seu texto e que no processo de regulamentação da CDPD seja garantida a participação dos autistas, suas famílias e instituições representativas,  conforme dito em seu artigo 4.3.

 É preciso entender a importância do diagnóstico e intervenção precoce, através de equipe multiprofissional, para que as pessoas com autismo possam desenvolver ao máximo suas habilidades. Durante anos e ainda nos dias de hoje os autistas e suas família peregrinam em busca do diagnóstico e de serviços de habilitação e reabilitação adequados ao atendimento de pessoas com autismo. A realidade é que ainda são poucos os profissionais capacitados para o diagnóstico e pequena a abrangência de serviços de referência que ofereçam atendimento para os autistas e suas famílias nos termos do artigo 26 da Convenção.

A Educação Inclusiva em classe regular é um direito fundamental para todas as crianças e adolescentes, inclusive todas as crianças e adolescentes autistas, conforme preconiza o artigo 24 da Convenção. Infelizmente não são raros os relatos  de negação de matrícula em função do autismo ou  de diversos problemas que dificultam a permanência dos autistas na escola. É necessário investir em capacitação do corpo docente e estabelecer políticas que articulem os serviços reabilitação e escola de forma complementar.

 É necessário fazer uma ampla discussão sobre Capacidade Legal e Reconhecimento Igual Perante a Lei, artigo 12 da Convenção. Muitas vezes as famílias recorrem ao instituto da interdição no intuito de garantir a manutenção de benefícios aos seus filhos com autismo, como acontece quando o beneficiário do BPC faz 18 anos e é a mãe ou outro responsável quem administra o benefício. É preciso estudar alternativas para que a garantia de um direito social tão necessário não acabe tendo por pré-requisito, em alguns casos, a anulação dos direitos civis.

Os autistas e familiares mais pobres e que vivem mais afastados dos grandes centros são os que mais sofrem pela falta de acesso aos serviços públicos mais básicos e profissionais qualificados para diagnóstico, orientação e atendimento. Muitas vezes os autistas padecem de dor por não conseguirem uma consulta no dentista ou uma consulta médica. É muito importante que as pessoas com autismo não sejam excluídas dos serviços gerais de saúde e da atenção básica sob a alegação de autismo, conforme artigo 26 da Convenção, nesse sentido um esforço para qualificar e acessibilizar esses serviços deve ser empreendido.

Infelizmente não são raros os relatos sobre autistas literalmente enjaulados em suas próprias casas, ocultados por suas famílias, ou vivendo sob condições de negligência extrema, também são preocupantes as situações de violência e abuso sexual. É preciso que sejam tomadas medidas para prevenir a violência e o abuso contra pessoas com autismo, nos termos do artigo 16 da Convenção.

Muitas vezes, autoridades do poder judiciário ao serem notificadas sobre a violência ou que pessoas com autismo se encontram em situação de abandono, encaminham a pessoa para abrigos de longa permanência. Estes abrigos, na maioria dos casos, são como a sentença de prisão perpétua para a vítima, que fica isolada da vida em comunidade e dos seus direitos básicos fundamentais. Por um lado é preciso fortalecer e apoiar a família oferecendo informações e suporte que favoreça o acolhimento e previna o abandono conforme o artigo 23.3 da Convenção, por outro é preciso também garantir que as pessoas autistas em situação abandono ou que por qualquer motivo tenham ficado sem suporte familiar sejam apoiadas para viver em comunidade, de forma não segregada, em alternativas inclusivas aos atuais abrigos, nos termos do artigo 19 da Convenção.

É importante destacar que o compromisso brasileiro com a Convenção demanda a estruturação de políticas públicas, capacitação, conscientização contínua, estruturação e reestruturação de serviços e práticas vigentes. Nada disso é possível sem um amplo debate com a sociedade civil e a garantia de recursos orçamentários para implementação desses direitos.

Atenciosamente,

Associação Brasileira para Ação por Direitos das Pessoas com Autismo - ABRAÇA

 

2 de abr. de 2011

Autimo e Inclusão de Mãos dadas: Dia Mundial de Conscientização Sobre o Autismo

[ATUALIZADO 03/04/2011: FOTOS DOS MUNUMENTOS ILUMINADOS]
Ato Público pela consciência, garantia de direitos e inclusão das pessoas com autismo, dia 1º de abril, na Praia de Iracema.
Atoautismo

Na foto autistas, familiares, profissionais e ativistas do movimento de pessoas com deficiência, muitos vestindo azul. Ao fundo A Estátua de Iracema, em primeiro plano uma faixa com os dizeres "OS AUTISTAS TÊM DIREITO À EDUCAÇÃO INCLUSIVA". Com a Logomarca da Abraça e da Casa da Esperança.

Notícia na Jangadeiro sobre o Ato Público:


Matéria sobre Autismo e Inclusão:


Através do apoio da Coordenadoria de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência da Prefeitura de Fortaleza - Copedef, o Paço Municipal, o Parque das Crianças e a Estátua de Iracema (na Praia de Iracema próximo ao Aterro) serão iluminados de azul de 1º a 8 de abril em homenagem ao Dia Mundial de Consciência sobre o Autismo... mais tarde, atualizaremos com fotos dos monumentos iluminados.

[Atualização 03/04/2011: Monumentos iluminados de azul]


Iracema Iluminada de Azul
Estátua de Iracema Iluminada de Azul em Homenagem ao Dia Mundial de Consciência sobre o Autismo
Palacio Municipal Iluminado de Azul
Paço Municipal Iluminado de Azul em Homenagem ao Dia Mundial de Consciência sobre o Autismo
Parque da Cidade Iluminado de Azul
Parque das Crianças Iluminado de Azul em Homenagem ao Dia Mundial de Consciência sobre o Autismo


As ações foram articuladas pelas filiadas da ABRAÇA no Ceará, Casa da Esperança e Fundação Projeto Diferente:

Autismo, Conscientização e Inclusão
Vista-se de azul e participe!

1º de abril (sexta), 15h
 - Ato público na Praia de Iracema, concentração na Estátua de Iracema. (Quase em frente ao Restaurante Tia Nair - Av. Beira Mar com Ildefonso Albano) - REALIZADO!

4 de abril (segunda), 14h
 - Audiência Pública na Assembleia Legislativa do Ceará: Autismo, Conscientização e Inclusão - a situação das pessoas com autismo e suas famílias no Estado do Ceará. (Av. Desembargador Moreira, 2807 - Bairro: Dionísio Torres - CEP: 60170.900)

5 de abril (terça), 9h
 - Roda de Conversa na Casa da Esperança: Autismo e Inclusão Escolar (Rua Francílio Dourado, 11 - Bairro Edson Queiroz, Fortaleza-Ce - CEP 60813-660)

FUNDAÇÃO CASA DA ESPERANÇA
casadaesperanca@autismobrasil.org
FUNDAÇÃO PROJETO DIFERENTE
fprojetodiferente@yahoo.com.br


ABRAÇA - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PARA AÇÃO POR DIREITOS DAS PESSOAS COM AUTISMO
Outras informações:
Alexandre Mapurunga: (85) 88734308 
Arlete Rebouças: (85) 88542951 
Teresa Sandes: (85) 88837651 
Sônia Oliveira: (85) 88734307
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Imagem: Texto "AUTISMO CONSCIENTIZAÇÃO E INCLUSÃO", silhueta de uma diversidade de pessoas de mãos dadas (crianças, adultos, cadeirantes, pessoa segurando uma bengala) e a logo do Dia Mundial da Consciência sobre o Autismo - uma ciranda de pessoas de diversas cores ao redor da Terra, com a representação estilizada do Sol em espiral. Logo da Abraça - Associação Brasileira para Ação por Direitos das Pessoas com Autismo.


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