15 de fev. de 2012

Informativo sobre a Revisão Brasileira no CEDAW


Short report.doc Download this file
Amigas e Amigos, 
Compartilho informações enviadas por Tchaurea Fleury sobre a Revisão Brasileira no CEDAW.
Abraços,
Alexandre Mapurunga  
Car@s,
Peço mil desculpas pelo atraso em enviar informações, mas tudo tem sido muito corrido. Segue
abaixo breve relato das ações e articulações realizadas até agora.
13 de Fevereiro – Segunda-feira
As organizações da sociedade do Brasil apresentaram uma breve fala de 3 (três) minutos cada com os
pontos mais importantes dos relatórios paralelos apresentados ao Comitê.
As participações ocorreram na seguinte ordem:
1. Rede Feminista de Saúde Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos – Coletivo Feminino Plural -
Telia Negrão
Destacou a questão do aborto e dos direitos sexuais
2. CLADEM/Brasil, Comitê Latino-americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher -
Carmen Campos
Destacou educacao e violência doméstica
3. Instituto Brasileiro de Inovações pró-Sociedade Saudável Centro-Oeste (IBISS) – Estela Scandura
Destacou o impacto negativo dos programas de financiamento das culturas de cana de açùcar
4. Articulação de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB) – Simone Cruz
Destacou a questão do trabalho e da mortalidade
5. Center for Reproductive Rights - Mónica Arango Olaya
Destacou o caso Alyne da Silva Pimentel versus Brasil, relativo à mortalidade materna
6. Coalição de Organisações de Pessoas com Deficiência – Tchaurea Fleury
Destaquei a questão do emprego, igual reconhecimento perante a lei e a violência contra as
mulheres com deficiência
Nossa apresentação exata segue em anexo. Peço a compreensão de todas e todos para o fato de
que tive que cortar coisas importantes, mas em apenas 3 minutos o desafio fica ainda maior.
Nossa apresentação pareceu ser muito bem recebida pelos membros do Comitê de uma forma
geral.
Depois da apresentação da sociedade civil brasileira, organizações de outros países que serão
revisados pelo comitê nesta mesma sessão.
Em seguida, membros do Comitê apresentaram questões aos membros das organizações da
sociedade civil. Quatro questões foram dirigidas às associações brasileiras. Uma questão sobre o caso
Alyne Pimentel, outra sobre o financiamento da cultura da cana, outra sobre um projeto da ONU
contra a violência às mulheres e a última sobre a discriminação contra as mulheres.
Duas representantes foram previamente escolhidas para responder às questões. À medida que os
membros realizavam apresentavam questões às representates dos demais países, conseguimos
articular com as “respondentes” do grupo brasileiro e a questão das mulheres e garotas com
deficiência foi incluída em duas das respostas fornecidas.
15 de Fevereiro – Quarta-feira
Em contato informal, a Relatora do Brasil (membro do comitê responsável pelo estudo do relatório
do Estado brasileiro e da sociedade civil) pediu para que cada organização presente à análise do
Brasil apresente duas recomendações específicas dos pontos mais importantes, cruciais para cada
organização ou segmento.
Assim, durante todo o dia de hoje, as representantes brasileiras reuniram-se para elaborar tais
recomendações e estudar como as recomendações de uma poderia apoiar as das demais.
O exercício se mostrou menos fácil que inicialmente pensado, pois sempre há uma concorrência de
agenda e de prioridades. De todo modo, sempre mostramos às colegas brasileiras a interação entre
seus segmentos e os direitos e violaçãos de direitos das mulheres com deficiência.
Houve muita sensibilidade e colaboração da parte das demais colegas. Contudo, não estou segura
que dentre suas recomendações haverá menção às mulheres com deficiência.
Articulação com movimentos de mulheres
Aproveito a oportunidade para encorajar o movimento de pessoas com deficiência brasileiro para
estar em maior contato com as agendas dos movimentos das mulheres, incluindo mulheres negras e
indígenas.
Diálogo informal com a sociedade civil
As 15:00, tivemos uma reunião privada e exclusiva com a Relatora do Brasil, senhora Ortega, que nos
informou como ocorrerá amanhã o diálogo informal entre membros do Comité e as representates
do Brasil, para o qual cada uma de nós terá dois minutos para abordar temas que ainda não foram
destacados ou para o qual queremos chamar mais atenção e, em seguida, os membros do comitê
farão perguntas sobre temas que queiram maior esclarecimento.
O diálogo construtivo com a sociedade civil não é aberta a outras entidades que representativas da
sociedade civil, assim, representantes governamentais não são autorizados a permanecer durante a
reunião.
Análise do Brasil
Na sexta-feira, dia 16, ocorrerá o diálogo construtivo com membros do Governo Brasileiro, e as
organizações da sociedade civil, embora possam assistir, não estão autorizadas a intervir durante a
reunião.
Conclusões parciais
Gostaria, por fim, de destacar que, apesar do reconhecimento de que as mulheres com deficiência
são sujeito de violações constantes; ainda é necessário muito trabalho de conscientização e lobbying,
por parte das associações de pessoas com deficiência junto às associações de mulheres, para que
esses direitos sejam incluídos na pauta dos direitos das mulheres de uma forma geral.
Realidade que também é presente, em maior ou menor nível, com relação aos direitos das mulheres
negras e indígenas.
Como sugestão, considerando a realidade da agenda dos direitos das mulheres até o presente
momento, gostaria de encorajar as organizações de pessoas com deficiência a:
1. Realizar capacitações sobre a Convenção das Pessoas com Deficiência em todo o país,
incluindo a possibilidade de convidar grupos diversos ao das pessoas com deficiência
2. Preparar análises orçamentárias cobrindo os âmbitos nacional, estadual e municipal que
estudem:
a) Que orçamentos (e quanto) estão sendo destinados a acentuar a discriminação e a
exclusão de pessoas com deficiência, como programas destinados às mulheres mas que
não são acessíveis às mulheres com deficiência
b) Ações que promovam os dirietos das pessoas com deficiência de uma forma larga,
dirigidas à população em geral e que devem e podem promover e garantir os direitos das
pessoas com deficiência.
Atenciosamente,
Tchaurea Fleury
IDA Secretariat
Genebra

---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Tchaurea Fleury <tfleury@ida-secretariat.org>
Data: 15 de fevereiro de 2012 19:27
Assunto: Short report
Para: Francisco Alexandre Dourado Mapurunga <mapurunga@gmail.com>

Oi Alexandre, segue meu relatorio parcial em anexo. Gostaria de pedir-te para distribui-lo com as organizacoes envolvidas.
Amanha te passo todos os contatos que tenho.
Um abraço forte e excelente aniversario novamente,
Tchaurea

14 de fev. de 2012

Mulheres e Meninas com Deficiência - Relatório para o CEDAW


CEDAW briefing 1.doc Download this file
Olá,
Agradeço ao Dep. Claudio Vereza pelo interesse e tomo a liberdade de compartilhar as informações que disponho até agora de forma mais ampliada.  
Ontem às 15h de Genebra  foi apresentada na sessão do CEDAW uma declaração oral de cerca de 3 min com os principais tópicos do relatório. A declaração foi feita por Tchaurea Fleury, que é Brasileira e trabalha no secretariado da IDA em Genebra. Tchaurea me passou mensagem indicando que o nosso informe foi muito bem recebido e que passaria mais detalhes depois. 
O relatório está para download na página do Escritório do Alto Comissário Para os Direitos Humanos da ONU  http://www2.ohchr.org/english/bodies/cedaw/cedaws51.htm (procure em Brazil - Joint IDA NGOs) e texto da declaração oral segue em anexo.
Cabe ressaltar que essa foi a primeira vez que uma coalizão de entidades de pessoas com deficiência, envolvendo organizações nacionais (ABRAÇA, CVI, FRATER, 3IN, Baresi e FENEIS), regional (RIADIS) e global (IDA),  apresentou relatório específico para o CEDAW. Isso é importante pois favorece a implementação da Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência em nível internacional, incluindo a pauta da deficiência na agenda desses órgãos. 
A revisão Brasileira na 51º sessão do CEDAW ainda está em andamento, estão acontecendo reuniões informais e eventos paralelos que são importantes para sensibilizar os membros do comitê acerca das questões prioritárias. Vamos aguardar saiam recomendações relativas às pessoas com deficiência do Comitê para o Governo Brasileiro, isso seria uma grande vitória. Mas própria construção e envio do relatório já foi um passo importante pelo protagonismo, temos que seguir  perfeiçoando nossa articulação nível local e incidência em nível internacional, pautando a situação das pessoas com deficiência no Brasil junto aos mecanismos de tratado da ONU e no Conselho de Direitos Humanos, inclusive o Comitê dos Direitos das Pessoas com Deficiência que monitora internacionalmente o cumprimento da CDPD pelos Estados signatários.
O Brasil está muito atrasado em seu informe inicial sobre ações tomadas para implementar a Convenção e seus resultados, é importante que se cobre que o Governo cumpra essa obrigação (Art. 35). É mais importante ainda que estejamos articulados na construção do relatório alternativo da sociedade civil.
Por hora, vamos aguardar os resultados de nosso informe ao CEDAW.
Saudações,
Alexandre Mapurunga  
Ps. Para entender um pouco mais sobre o histórico da construção desse relatório você pode acessar os seguintes links:
Em 14 de fevereiro de 2012 14:09, Gab. Dep. Claudio Vereza ;escreveu:
Boa tarde, Alexandre Mapurunga,
Sou da assesssoria do mandato do deputado Claudio Vereza e gostaria de saber se há novidades sobre o Relatório sobre a Situação das Mulheres com Deficiência a seria submetido à CEDAW neste mês de fevereiro. Recebemos suas informações e gostaríamos de divulgar em nossa redes, inclusive por meio de discurso do deputado no parlamento.
O documento foi apresentado/publicado? - caso sim, como foi e onde?, caso não porque e há previsão de publicação?
Sds.
Mônica Oliveira
Comunicação
Mandato do deputado Claudio Vereza

9 de fev. de 2012

Prevenção de deficiência - Um novo jeito de avançar?


Caros amigos e amigas,
Estou inquietado pela forma como se iniciam os trabalhos de discussões da III Conferência Nacional.
Acho que estamos nos encaminhando para um retrocesso conceitual que é refletido nas políticas e que pode acabar, de uma forma ou de outra, sendo referendado pelas III Conferência.
O Plano Viver sem Limite, dentro do 7bi de investimentos, incluiu ações de prevenção deficiência. Não sou sectário (ou louco) a ponto de dizer que o teste da orelhinha, assim  campanhas de vacinações ou contra acidente de motos não devam existir, ou que não sejam importantes, mas devemos apontar que esse dindim$ não é gasto para promover a inclusão das pessoas com deficiência e sim para prevenir a deficiência em pessoas SEM DEFICIÊNCIA... ou seja, não deveria ser orçamento dos DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA, pois não promove, nem defende os direitos das pessoas que são excluídas em função da deficiência, nem uma mudança de consciência da sociedade para aceitação das pessoas com deficiência como parte da diversidade humana.
As diretrizes da III Conferência Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência no Eixo de saúde  (Saúde, prevenção, reabilitação, órteses e próteses), convida a sociedade a debater a e elaborar propostas de políticas na área de prevenção, o que pra mim é um equívoco pois vamos estar jogando uma oportunidade singular de disseminar os princípios da CDPD e avançar num debate e consolidação no modelo social da deficiência.
Os debates vão começar nos municípios e estados, que vão eleger delegados e propostas, baseados nas orientações do CONADE.
A CDPD não incluiu prevenção primária em seus artigos, mas com o tema "Um olhar através da Convenção da ONU sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência" eu temo que III Conferência Nacional possa perder o foco e fazer retroceder o debate sobre os direitos humanos das pessoas com deficiência no Brasil, voltando-se muito nas questões médicas e funcionais e menos nas questões sociais que devem ser debatidas para garantir a plena implementação da Convenção no Brasil.
Compartilho isso, porque gostaria de saber a impressão de vocês sobre o assunto. Aguardo comentários.
Abraços,

-- 
Alexandre Mapurunga
http://inclusaoediversidade.com

6 de fev. de 2012

IPVA - Governo do Estado publica decreto que beneficia pessoas com deficiência

Sobre os decretos que concedem isenção de IPVA para as pessoas com Deficiência.
Ficou faltando a menção das pessoas com deficiência auditiva. Seria importante que fosse publicada portaria ou nota em Diário Oficial do Estado esclarecendo  as pessoas com deficiência auditiva estão incluídas como público beneficiário da medida.
Acho que CEDEF deveria encaminhar essa solicitação à SEFAZ prevenindo qualquer forma de discriminação na concessão do benefício e denunciando caso ela ocorra.
Art.1º O art.4º do Decreto nº22.311, de 18 de dezembro de 1992, que dispõe
sobre o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), passa
a vigorar com nova redação do inciso VI e acréscimo do inciso X e dos §§1º
e 2º:
“Art.4º (…)(…)
VI – o veículo de propriedade de pessoa portadora de deficiência física,
visual, mental severa ou profunda, ou autista e outras;
Importante destacar que pela Lei, os curadores de pessoas consideradas legalmente incapaz também tem direito à isenção de IPVA:

VII - o curador responde solidariamente pelo imposto que deixar de ser pago
em razão da isenção 
Sugiro que sejam esclarecidos quais os canais para solicitar isenção do IPVA, no sentido CEDEF possar atuar divulgando e orientando a população sobre como proceder.
Atenciosamente, 
Alexandre Mapurunga
Conselheiro do CEDEF

Em 2 de fevereiro de 2012 10:26, fco cleyton rocha <fco_cleyton@hotmail.com> escreveu:

Informação do Decreto n° 30.822 - IPVA

Date: Wed, 1 Feb 2012 14:43:34 -0300
Subject: IPVA - Governo publica decreto que beneficia pessoas com deficiência
From: cedefce@gmail.com
To: cedef-ce@googlegroups.com; entidadesdepessoascomdeficiencia-ce@googlegroups.com; conselhosmunicipais-ce@googlegroups.com
Para conhecimento e ampla divulgação.
Isenção de IPVA: Governo publica decreto que beneficia pessoas com deficiência
Atenciosamente,
Cleydiane França
Auxiliar Administrativa do CEDEF 
Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado do Ceará
Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência
Rua Tenente Benévolo, 1055 - Meireles CEP: 60160-040
E-mail: cedefce@gmail.com Fone Fax: (85) 3101-2870


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decreto 30.822 de 30 de janeiro de 2012 - IPVA.odt Download this file
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