29 de mar. de 2010

Inclusão e a nova Internet

A evolução da Internet transformou a forma de como interagimos, pensamos e emitimos opiniões. A partir do advento do conceito da Web 2.0 a Grande Rede passou a funcionar como plataforma para sistemas que se tornam melhores e mais interessantes na medida em que são usados, a partir da experiência das pessoas num processo de construção coletiva.
De mero leitor passivo de conteúdo, o internauta passou a ser protagonista da Internet através das redes sociais, dos blogs, podcasts e páginas pessoais, dentre as várias esferas de relacionamento, divulgação e produção de conteúdo disponíveis para quem quer e puder se aventurar em computador conectado.
Essa mudança de paradigma possibilitou que a Internet deixasse de ser espaço de gurus e experts em tecnologias e passasse a ser construída e alimentada por pessoas dos mais diversos segmentos sociais num processo de inclusão digital que cada vez mais se amplia.
Assim, blogueiras desafiam regimes dando voz ao povo oprimido, novos negócios virtuais geram milionários reais, celebridades são criadas da noite para o dia na medida que ganham seguidores. Anônimos passam a ter cara, causas passam a ter ressonância com importância medidas em clics.
O contato através de Twitter, Orkut, Facebook ou, ainda até, grupos de e-mail tem permitido a trocas de experiências e a ação articulada em diversos grupos virtuais formados no Brasil e no Mundo. A Convenção da Sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, por exemplo, foi consolidada em apenas cinco anos, menos da metade do tempo de outros tratados internacionais, graças à articulação feita através de grupos virtuais.
O poder da Nova Web traz a oportunidade de inclusão, participação e visibilidade, contudo vivemos o momento chave que merece reflexão. Aqueles que não tiverem garantida logo sua inclusão digital viverão sob uma limitação social importante, perdendo a oportunidade de participação e mesmo o direito a exercer sua cidadania de forma completa, já que a chance de contribuir para construção do conhecimento e dos novos paradigmas de sociedade não lhes serão acessíveis.
É muito importante o desenvolvimento de estratégias e oportunidades para que pessoas de baixa renda participem desse movimento de construção do conhecimento e que pessoas com deficiência não sejam excluídas pela falta de acessibilidade.
Abraços,
Alexandre Mapurunga
no twitter: @amapurunga

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