31 de mar. de 2011

Fortaleza Iluminada de Azul em homenagem ao Dia Mundial Mundial de Consciência sobre o Autismo

Bannerdiamundialabraa

Imagem: Texto "AUTISMO CONSCIENTIZAÇÃO E INCLUSÃO", silhueta de uma diversidade de pessoas de mãos dadas (crianças, adultos, cadeirantes, pessoa segurando uma bengala) e a logo do Dia Mundial da Consciência sobre o Autismo - uma ciranda de pessoas de diversas cores ao redor da Terra, com a representação estilizada do Sol em espiral. Logo da Abraça - Associação Brasileira para Ação por Direitos das Pessoas com Autismo.

Olá Amigos e amigas,
Com satisfação informamos que, através do apoio da Coordenadoria de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência da Prefeitura de Fortaleza - Copedef,  o Paço Municipal, o Parque das Crianças e a Estátua de Iracema (na Praia de Iracema próximo ao Aterro)  serão iluminados de azul de 1º a 8 de abril em homenagem ao Dia Mundial Mundial de Consciência sobre o Autismo.  Ações similares estão acontecendo em várias partes do mundo, inclusive no Brasil com a iluminação de monumentos e prédios públicos como o Cristo Redentor (RJ),  a Ponte Estaiada (SP) e Senado Federal (DF).  
O tema que estamos abordando nos eventos é "Autismo, Conscientização e Inclusão", buscando uma perspectiva positiva e inclusiva sobre o autismo suas famílias. 
Segue programação a programação articulada pelas filiadas da ABRAÇA no Ceará, Casa da Esperança e Fundação Projeto Diferente:


Autismo, Conscientização e Inclusão

Vista-se de azul e participe!


1º de abril (sexta), 15h

 - Ato público na Praia de Iracema, concentração na Estátua de Iracema. (Quase em frente ao Restaurante Tia Nair - Av. Beira Mar com Ildefonso Albano)

 

4 de abril (segunda), 14h

 - Audiência Pública na Assembleia Legislativa do Ceará: Autismo, Conscientização e Inclusão - a situação das pessoas com autismo e suas famílias no Estado do Ceará. (Av. Desembargador Moreira, 2807 - Bairro: Dionísio Torres - CEP: 60170.900)

 

5 de abril (terça), 9h

 - Roda de Conversa na Casa da Esperança: Autismo e Inclusão Escolar (Rua Francílio Dourado, 11 - Bairro Edson Queiroz, Fortaleza-Ce - CEP 60813-660)

FUNDAÇÃO CASA DA ESPERANÇA

FUNDAÇÃO PROJETO DIFERENTE

ABRAÇA - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PARA AÇÃO POR DIREITOS DAS PESSOAS COM AUTISMO

Outras informações:

Alexandre Mapurunga: (85) 88734308

Arlete Rebouças: (85) 

88542951

Teresa Sandes: (85) 88837651

Sônia Oliveira: (85) 88734307

26 de mar. de 2011

Frente Parlamentar do Congresso Nacional de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência- CASDEF- Informe

Reencaminhando...
  Via Claudia Grabois

Assunto: Frente Parlamentar do Congresso Nacional de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência.

Prezados,

Gostaríamos de informar que, no dia 05 de abril, a partir das 9h30, ocorrerá a reativação da “Frente Parlamentar do Congresso Nacional de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência”. No período da tarde, ocorrerá o Seminário “Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência – estratégias de regulamentação”. A propósito, a Presidência da Frente Parlamentar encaminhará, nos próximos dias, a programação definitiva do evento.

 

Informamos que, na última quinta-feira (dia 24.03), ocorreu a instalação dos trabalhos da Subcomissão Permanente de Assuntos Sociais das Pessoas com Deficiência (CASDEF), que é presidida pelo Senador Lindbergh Farias. Tomamos a liberdade de enviar reportagem da Agência Senado, com o detalhamento da sessão de instalação da CASDEF, caso seja de seu interesse.

Gabinete do Senador Lindbergh Farias

 

COMISSÕES / PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

24/03/2011 - 15h52
 
Lindbergh Farias é eleito presidente da Subcomissão das Pessoas com Deficiência
 
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) foi eleito por unanimidade, nesta quinta-feira (24) presidente da Subcomissão Permanente de Assuntos Sociais das Pessoas com Deficiência. Para a vice-presidência do colegiado foi eleita, também por unanimidade, a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS).
 
A regulamentação da convenção da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, disse Lindbergh, será o principal assunto a ser tratado pela subcomissão. O tratado internacional foi adotado pela ONU em 2006 e ratificado pelo Congresso brasileiro, em 2008. O senador sugeriu que comissão de juristas auxilie a subcomissão na regulamentação do tratado.O senador informou que 14% dos brasileiros possuem algum tipo de deficiência. Para que essa população seja beneficiada, observou, o Congresso, além de criar novas leis, precisa atuar para que elas sejam cumpridas de fato.
 
- O desafio maior é fazer cumprir o que já existe na legislação. Que a subcomissão seja uma espécie de câmara de conciliação. Muitas coisas podem ser resolvidas com essa mediação - destacou Lindbergh.
 
Presente à reunião da subcomissão, a presidente da Frente Parlamentar Mista de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, deputada Rosinha da Adefal (PTdoB-AL), ressaltou que a legislação brasileira sobre o tema é referência mundial. No entanto, em sua opinião, é preciso haver "boa vontade" para que as leis sejam cumpridas.Temas como inserção das pessoas com deficiência no mercado de trabalho e aposentadoria especial para essa parcela da população também receberão atenção da subcomissão, ressaltou Lindbergh. O senador Casildo Maldaner (PMDB-SC) lembrou que há mais de 20 projetos de lei em benefício das pessoas com deficiência em trâmite no Congresso.
 
Acessibilidade
Com o objetivo de melhorar as condições de locomoção das pessoas com deficiência nas cidades, o senador Waldemir Moka (PMDB-MS) sugeriu encontro com o ministro das Cidades, Mário Negromonte, para pedir prioridade na aplicação de recursos públicos em melhoria da acessibilidade.
 
O senador Wellington Dias (PT-PI) sugeriu assinatura de termo de ajuste de conduta com o ministro das Cidades e a Caixa Econômica Federal, para que seja cumprida a determinação legal de que 5% das habitações populares construídas pelo governo federal sejam destinados às pessoas com deficiência.
 
- Na hora de fazer as casas, não se leva em conta a deficiência. Não se coloca rampa de acesso, nem tomadas, pias e tanques mais baixos. A determinação tem de entrar nas normas da Caixa e de quem faz casa - destacou.
 
Wellington também informou os colegas sobre mobilização para o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, celebrado em 2 de abril. Nessa data, em vários países, monumentos terão iluminação azul. No Brasil, foram escolhidos o Palácio do Congresso Nacional e o Cristo Redentor. Assim, a subcomissão vai enviar requerimento ao presidente do Senado, José Sarney, para que haja modificação da iluminação do Congresso neste dia.
 
 
Composição da Subcomissão Permanente de Assuntos Sociais das Pessoas com Deficiência (CASDEF)
  
Titulares                                              Suplentes
Lindberg Farias (PT-RJ)                    Rodrigo Rollemberg (PSB-DF)
Wellington Dias (PT-PI)                    Lídice da Mata (PSB - BA)
Waldemir Moka (PMDB-MS)            Ana Amélia Lemos (PP-RS)
Casildo Maldaner (PMDB - SC)        Eduardo Amorim (PSC-SE)
Marisa Serrano (PSDB-MS)             Cyro Miranda (PSDB-GO)
 
 
 Iara Farias Borges / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

24 de mar. de 2011

NÃO CHORE POR NÓS - Jim Sinclair

Encaminho texto do autista e ativista pelos direitos dos autistas Jim Sinclair (http://www.autreat.com/). Jim esteve em Fortaleza em 2001 para Seminário promovido pela Casa da Esperança. Este texto foi base para construção de um dos principais valores da Casa da Esperança "Autismo, um jeito de ser". Seu texto não é novo, mas continua atual e necessário em tempos de conscientização.
Boa leitura.
Alexandre Mapurunga
 

NÃO CHORE POR NÓS
Jim Sinclair

Este artigo foi publicado na revista da Rede Internacional de Autismo (Autism Network Internetional), Nossa Voz, volume 1, No 3, 1993. É uma mostra do discurso apresntado na Conferência Internacional de Autismo em Toronto e foi dirigido principalmente aos pais.

 Os pais geralmente contam que reconhecer que seu filho é autista foi a coisa mais traumática que já lhes aconteceu. As pessoas não autistas vêem o Autismo como uma grande tragédia, e os pais experimentam um contínuo desapontamento e luto em todos os estágios do ciclo de vida da família e da criança.

 Mas este pesar não diz respeito diretamente ao autismo da criança. É um luto pela perda da criança normal que os pais esperavam e desejavam ter, as expectativas e atitudes dos pais e as discrepâncias entre o que os pais esperam das crianças numa idade particular e o desenvolvimento atual de seu próprio filho causam mais estress e angústia que as complexidades práticas da convivência com uma pessoa autista.

 Uma certa quantidade de dor é normal, até os pais se ajustarem ao fato de que o resultado e o relacionamento que eles estavam esperando não vai se materializar. Mas esta dor pela criança normal fantasiada precisa ser separada da percepção da criança que eles realmente têm: a criança autista que precisa de adultos cuidadosos, pode obter um relacionamento muito significativo com essas pessoas que cuidam dela, se lhes for dada a oportunidade. Atentar continuamente para o Autismo da criança como a origem da dor é prejudicial tanto para os pais como para a criança e impede o desenvolvimento de uma aceitação e de um relacionamento autêntico entre eles. Em consideração a eles próprios ou à suas crianças, eu conclamo os pais a fazerem mudanças radicais nas suas opiniões sobre o que o Autismo significa.

Eu convido vocês a olharem para o nosso Autista e olharem para o seu luto sob a nossa perspectiva .


O Autismo não é um apêndice

O autismo não é algo que uma pessoa tenha, ou uma concha na qual ela esteja presa. Não há nenhuma criança normal escondida por trás do Autismo. O Autismo é um jeito de ser, é pervasivo, colore toda experiência, toda sensação, percepção, pensamento, emoção e encontro, todos os aspectos da existência. Não é possível separar o Autismo da pessoa. E se o fosse, a pessoa que você deixaria não seria a mesma com a qual você começou.

Isto é importante, então tire um momento para considerar que : Autismo é um jeito de ser. Não é possível separar a pessoa do Autismo .

Por conseguinte, quando os pais dizem:

"Gostaria que meu filho não tivesse Autismo"

O que eles realmente estão dizendo é:

"Gostaria que meu filho autista não existisse, e eu tivesse uma criança diferente em seu lugar"


Leia isto novamente. Isto é o que ouvimos quando vocês lamentam por nossa existência. É o que percebemos quando vocês nos falam de suas mais tenras esperanças e sonhos para nós: que seu maior desejo é que, um dia, nós deixemos de ser, e os estranhos que vocês possam amar vão surgir detrás de nossas .

Autismo não é uma parede impenetrável

Você tenta falar com seu filho autista e ele não responde. Ele não te vê. Você não consegue alcançá-lo. Não há adentramento. É a coisa mais difícil de lidar, não é? A única coisa é que isso não é verdade .

Veja novamente: você tenta falar como pai de uma criança, usando seu próprio entendimento de uma criança normal, seus próprios sentimentos sobre relacionamentos. E a criança não responde de forma que você possa reconhecer como sendo parte desse sistema .

Isso não significa que a criança esteja totalmente incapacitada para se relacionar. Só significa que você está assumindo um sistema compartilhado, um entendimento compartilhado de sinais e significações do qual a criança em questão não participa .

É como se você tentasse ter uma conversa íntima com uma pessoa que não tem compreensão de sua linguagem. É óbvio que a pessoa cuja linguagem não vai entender o que você está falando; não vai responder da forma que você espera; e pode mesmo achar confusa e desprazeirosa toda a interação .

Dá mais trabalho se comunicar com uma pessoa cuja linguagem não é a nossa. E o Autismo vai mais fundo que a linguagem e a cultura. Os autistas são estrangeiros em quaisquer sociedades. Você vai ter que abrir mão de toda a sua apropriação de significados compartilhados. Você vai ter que aprender a voltar a níveis mais básicos, sobre os quais provavelmente você nunca tenha pensado, vai ter que abandonar a certeza de estar em seu próprio território familiar de conhecimento, do qual você está a serviço e deixar seu filho lhe ensinar um pouco de sua linguagem, guiá-lo um pouco para dentro de seu mundo .

Mesmo que você tenha sucesso, ainda não será um relacionamento normal entre pai e filho. Sua criança autista pode aprender a falar, pode ir para séries regulares na escola, pode ir à Universidade, dirigir um carro, viver independentemente, ter uma carreira - mas nunca vai conversar com você como outras crianças conversam com seus pais. Ou, sua criança autista pode nunca falar, pode passar de uma sala de educação para programas de oficina protegida, ou residências especiais, podem precisar por toda a vida de cuidado e supervisão de tempo integral - mas essa tarefa não está completamente fora do seu alcance. As formas que relatamos aqui são diferentes. Levam para coisas que suas expectativas dizem que são normais, e você vai encontrar frustração, desapontamento, ressentimento, talvez até raiva e ódio. Aproxime-se respeitavelmente, sem preconceitos e com abertura para aprender novas coisas, e você vais encontrar um mundo que nunca poderia ter imaginado .

Sim, isto dá mais trabalho que falar com uma pessoa não autista. Mas pode ser feito - a não ser que as pessoas não autistas estejam muito mais limitadas que nós em sua capacidade de se relacionar. Levamos a vida inteira fazendo isso. Cada um de nós que aprende a falar com vocês, cada um de nós que funciona bem na sua sociedade, cada um de nós que consegue alcançar e fazer um contato com vocês está operando em um território estranho, fazendo contato com seres alienígenas. Passamos a nossa vida inteira fazendo isso. E então, vocês vêm nos dizer que não podemos falar. 

Autismo não é morte

Certo, o autismo não é o que muitos pais esperam e se preparam quando antecipam a chegada de uma criança. O que esperam é que uma criança vai parecer com eles, vai pertencer ao seu mundo e falar com eles sem um treinamento intensivo para um contato alienígena. Até se a criança tem alguns distúrbios diferentes do Autismo, os pais esperam estarem aptos a falarem com ela de modo que pareça normal para eles, e na maioria dos casos, mesmo considerando a variedade de distúrbios, é possível formar um tipo de laço que os pais têm estado almejando.

O que acontece é que se esperava uma coisa que era extremamente importante e desejada com grande contentamento e excitação, e talvez, gradualmente, talvez abruptamente, teve-se de reconhecer que a coisa almejada não aconteceu. Nem vai acontecer. Não importa quantas crianças normais você tenha, nada vai mudar o fato de que agora, a criança que você esperava, desejada, planejada e sonhada não chegou .

É parecido com a experiência parental de ter, por pouco tempo, uma crinça recém-nascida e esta morrer logo na infância. Não se trata de Autismo, mas de expectativas cortadas. Sugiro que o melhor lugar para direcionar estes assuntos não seja as organizações voltadas para o Autismo, mas no aconselhamento das aflições parentais e grupos de apoio. Nesses espaços eles aprendem a dar termo à sua perda - não esuqecê-la, mas deixá no passado onde o luto não bate mais no seu rosto a todo momento da vida. Aprendem a aceitar que sua criança se foi para sempre e que não voltará mais. O mais importante é que aprendam a não trazer seu luto para as crianças que vivem. Isto é de importância fundamental quando estas crianças chegam ao mesmo tempo que a outra está sendo lamentada pela sua morte .

Não se perde uma criança para o Autismo. Perde-se uma criança porque a que se esperou nunca chegou a existir. Isso não é culpa da criança autista que, realmente, existe e não deve ser o nosso fardo. Nós precisamos e merecemos famílias que possam nos ver e valorizar por nós mesmos, e não famílias que têm uma visão obscurecida sobre nós por fantasmas de uma criança que nunca viveu. Chore por seus próprios sonhos perdidos se você precisa. Mas não chore por nós. Estamos vivos. Somos reais. Estamos aqui esperando por você .

É o que acho sobre como as sociedades sobre autismo devem ser: sem lamentações sobre o que nunca houve, mas deve haver explorações sobre o que é. Precisamos de você. Precisamos de sua ajuda e entendimento. Seu mundo não está muito aberto para nós e não conseguiremos se não tivermos um forte apoio. Sim, o que vem com o Autismo é uma tragédia: não pelo que somos, mas pelas coisas que acontecem conosco. Fique triste com isso se quiser ficar triste com alguma coisa! Melhor que ficar triste com isso é ficar louco com isso - e então faça alguma coisa. A tragédia não é porque estamos aqui, mas porque o seu mundo não tem lugar para com que nós existamos. Como pode ser de outra forma se nossos próprios pais ainda se lamentam por nos terem trazido para este mundo ?

Olhe, alguma vez, para o seu filho autista e tire um momento para dizer para si mesmo quem aquela criança não é. Pense: "Essa não é a criança que esperei e planejei. Não é aquela criança que esperei por todos aqueles anos de pregnância e todas aquelas horas de sofrimentos. Não é aquela que fiz todos aqueles planos e dividi todas aquelas experiências. Aquela criança nunca veio. Não é esta criança". Então vá fazer do seu luto não importa o que - e comece a aprender a deixar as coisas acontecerem .

Depois que você começar a deixar as coisas acontecerem, volte e olhe para o seu filho autista novamente: "Esta criança não é a que eu esperava e planejava. É uma criança alienígena que caiu em minha vida por acidente. Não sei o que é essa criança ou o que vai ser. Mas sei que é uma criança naufragada num mundo estranho, sem pais com formas próprias de cuidado. Precisa de alguém com cuidados para isso, para ensinar, para interpretar e para defender. E devido a essa criança alienígena cair na minha vida, esse trabalho é meu, se eu quiser" .

Se esta busca te excita, então nos acompanhe, na resistência e na determinação, na esperança e na alegria. A aventura de uma vida está toda diante de você .

22 de mar. de 2011

Dia Mundial de Consciência sobre o Autismo em Fortaleza-Ce

Logoautismday

Imagem: Texto "AUTISMO CONSCIENTIZAÇÃO E INCLUSÃO", silhueta de uma diversidade de pessoas de mãos dadas (crianças, adultos, cadeirantes, pessoa segurando uma bengala) e a logo do Dia Mundial da Consciência sobre o Autismo - uma ciranda de pessoas de diversas cores ao redor da Terra, com a representação estilizada do Sol em espiral.

 


A ONU decretou 2 de abril como o dia Mundial da Consciência sobre o Autismo, é uma data que serve como referência para que autistas, suas famílias, governos e sociedade em geral discutam o autismo e reafirmem o compromisso de promoção da inclusão e defesa dos seus direitos fundamentais.

Nesse sentido a ABRAÇA - Associação Brasileira para Ação por Direitos das Pessoas com Autismo e suas filiadas no Ceará, Casa da Esperança e Fundação Projeto Diferente, têm a satisfação de convidar às pessoas com autismo, seus familiares, gestores públicos, profissionais, ativistas do movimento de pessoas com deficiência e tod@s que fazem parte da luta pela inclusão a tomarem parte nas atividades programadas em alusão à data, conforme programação a seguir:

 

DIA MUNDIAL DA CONSCIÊNCIA SOBRE O AUTISMO

Tema: Autismo, Conscientização e Inclusão

 

1º de abril (sexta), 15h - Ato público na Praia de Iracema, concentração na Estátua de Iracema. (Quase em frente ao Restaurante Tia Nair - Av. Beira Mar com Ildefonso Albano)

 

4 de abril (segunda), 14h - Audiência Pública na Assembleia Legislativa do Ceará: Autismo, Conscientização e Inclusão - a situação das pessoas com autismo e suas famílias no Estado do Ceará. (Av. Desembargador Moreira, 2807 - Bairro: Dionísio Torres - CEP: 60170.900)

 

5 de abril (terça), 9h - Roda de Conversa na Casa da Esperança: Autismo e Inclusão Escolar (Rua Francílio Dourado, 11 - Bairro Edson Queiroz, Fortaleza-Ce - CEP 60813-660)

 

CONTAMOS COM SUA PRESENÇA E COLABORAÇÃO NA DIVULGAÇÃO!

 

Maiores informações:

Alexandre Mapurunga: (85) 88734308

Arlete Rebouça: (85) 88542951

Teresa Sandes: (85) 88837651

autismo_panfleto_final.pdf Download this file

21 de mar. de 2011

Dia Internacional da Síndrome de Down

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Foto: Alice (tem síndrome de donw e é filha do companheiro do MPcD João Eduardo),  sua amiga Mariana (minha filha), Sônia (minha mulher) e Allana (cadeirante filha de Sônia), no evento do dia 21/3/2010 em Fortaleza


Parabenizo a todas as pessoas com síndrome de donw, suas famílias e a militância que tanto tem contribuído para uma mudança de consciência e pela inclusão efetiva das pessoas com deficiência em todos âmbitos sociais.

Hoje é um dia para que sejam celebradas as conquistas e também para que sejam firmados e reafirmados os compromissos com aprofundamento do processo de inclusão, participação e a garantia dos direitos humanos.

Que tenhamos sucesso nos debates e encaminhamentos alusivos a esta data.

Um forte abraço! 

14 de mar. de 2011

OMS - Relatório mundial sobre deficiência - Junho de 2011

RELATÓRIO MUNDIAL SOBRE DEFICIÊNCIA
WORLD REPORT ON DISABILITY

 

No próximo dia 9 de junho de 2011, na sede da Organização Mundial da Saúde - OMS, em Genebra, Suíça, ocorrerá o lançamento internacional do WORLD REPORT ON DISABILITY (Relatório Mundial sobre Deficiência) com a presença de autoridades internacionais e estatais, celebridades com deficiências e representantes de organizações científicas, organizações não-governamentais e organizações profissionais que lidam com pessoas com deficiências.

 

O RELATÓRIO MUNDIAL SOBRE DEFICIÊNCIA é um documento que resume as mais importantes evidências científicas sobre o tema, com recomendações para ações de apoio à Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiências (2006). Após o lançamento, haverá uma sessão técnica para explicar como podem ser implementadas as recomendações feitas.

 

A OMS informa que pessoas com deficiências são as que mais sofrem desvantagem social e econômica e têm seus diretos negados em muitos países. Cerca de 80% das pessoas com deficiências vivem em países de baixa renda. Apesar deste problema ser vultuoso, há pouca informação científica disponível. O RELATÓRIO MUNDIAL SOBRE DEFICIÊNCIAS aborda a necessidade de se ter dados confiáveis e se desenvolver pesquisas de melhor qualidade. O documento é uma atualização sobre o que aconteceu nos últimos trinta anos e explora as evidências atuais incluindo as diferentes situações de discriminação e barreiras, oferecendo uma análise de diversas experiências que contribuíram para melhorar a vida de pessoas com incapacidades quanto à saúde, reabilitação, serviços de apoio, infra-estrutura, transporte, educação e emprego.

 

Quatro pequenos filmes sobre pessoas com deficiências vivendo na Tanzânia, Líbano, Reino Unido e Bolívia foram produzidos para sensibilizar a população mundial sobre os desafios de ser deficiente. Os filmes estão disponíveis no portal da OMS, no canal WHO do YouTube e por meio de links no Facebook.

 

Maiores informações sobre o documento da OMS em

http://www.who.int/disabilities/world_report/en/index.html e http://www.youtube.com/who.

You Tube: http://www.youtube.com/user/who#grid/user/50649F9C524CBAC4
Facebook:
http://www.facebook.com/WorldHealthOrganization?v=wall

 

 

 

 

Via Marta Gil

11 de mar. de 2011

DIA MUNDIAL DA CONSCIÊNCIA SOBRE O AUTISMO – 2 DE ABRIL

A ONU decretou 2 de abril como o dia Mundial da Consciência sobre o Autismo, é uma data que serve como referência para que autistas, suas famílias, governos e sociedade em geral discutam o autismo e reafirmem o compromisso de promoção da inclusão e defesa dos seus direitos fundamentais, tais como saúde, educação, lazer, liberdade, respeito pelo lar e pela família.


Novos estudos no âmbito internacional apontam que cerca de 1% da população possui algum Distúrbio do Espectro do Autismo, no Brasil isso significa algo em torno de 1,9 milhão de pessoas que, muitas vezes, são multiplamente vulneráveis e suscetíveis à violação de seus direitos quando encaram os desafios diários de inerentes à sua condição aliados ao preconceito, à indiferença, ao abandono, à falta de escolas inclusivas que atendam suas necessidades, à indisponibilidade dos serviços médicos qualificados e à pouca cobertura e abrangência dos serviços de habilitação e reabilitação.


A ONU reconhece o autismo como deficiência e as pessoas com autismo são também protegidas pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência que foi ratificada pelo Brasil em 2008 com status de emenda constitucional. Isso demanda uma nova postura dos movimentos ligados aos autistas e suas famílias, baseada nos direitos humanos e nos princípios não discriminação, aceitação das diferenças e plena inclusão e participação na sociedade, demanda também políticas públicas efetivas e abrangentes que garantam que as pessoas com autismo tenham condições de se desenvolver, preservar sua identidade e compartilhar de todos os meios sociais de forma não segregada.


Por isso, no dia 2 de abril de 2011 e na semana de 4 a 8, é importante que mobilizemos a sociedade para debater a temática, promover a consciência e demandar por mais políticas públicas para pessoas com autismo. Isso poderá ser feito de muitas maneiras:
  • Audiências públicas nas câmaras municipais e assembleias estaduais para debater e propor ações e políticas públicas;
  • Mobilização dos meios de comunicação (entrevistas, artigos, matérias);
  • Roda de conversas com familiares buscando o apoio mútuo e fortalecimento para o acolhimento e garantia dos direitos;
  • Blitzes, caminhadas, panfletagens falando sobre o autismo;
  • Palestras nas escolas para conscientizar professores e colegas de pessoas com autismo;
  • Uso das redes sociais twitter( #conscienciaautismo), facebook, Orkut para promover a consciência sobre a situação das pessoas com autismo, suas capacidades e combater os estereótipos nocivos e preconceituosos;
  • Vestir azul em homenagem ao dia Mundial da Consciência sobre o Autismo e explicar às pessoas o motivo de sua homenagem, ação realizada por pessoas em todo o mundo;
  • Solicitar às autoridades que iluminem um monumento público de azul dando visibilidade a esse movimento, vai acontecer o mesmo em muitas cidades do mundo;(...)
É importante que em todas essas ações usemos Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência como parâmetro norteador das discussões e que primemos também pela participação efetiva dos próprios autistas no sentido de que, sempre que possível, eles possam contribuir diretamente com fala e manifestação, dando força e vida ao lema “nada sobre nós, sem nós”.


Cada um, seja autista, familiar, amigo ou militante, independente do seu nível articulação e esfera de atuação, pode fazer sua parte para reduzir o preconceito, assegurar políticas públicas e promover uma consciência positiva acerca do autismo.


Juntos somos mais fortes.


Alexandre Mapurunga
Assuntos Jurídicos da ABRAÇA – Associação Brasileira de Ação por Direitos das Pessoas com Autismo


Outras informações:
http://www.un.org/en/events/autismday/
http://www.inclusaoediversidade.com/2010/04/onu-reconhece-autismo-como-deficiencia.html
http://action.autismspeaks.org/
http://www.inclusaoediversidade.com/2011/03/nao-ha-epidemia-de-autismo-sugere.html

Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência –  ratificada pelo Brasil em julho de 2008, com status de emenda Constitucional. Tem o objetivo de promover, proteger e assegurar o exercício pleno e eqüitativo de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais por todas as pessoas com deficiência e promover o respeito pela sua dignidade inerente.

Não há epidemia de autismo, sugere estudo norueguês

Segue tradução, feita por mim, do artigo publicado na ScienceDaily, desmistificando questões relativas a uma eventual epidemia de autismo.
Agradecimentos a Fabio Adiron por sua coletânea de novidades cheia de conteúdo relevante que me permitiu achar o artigo.
Boa leitura e um forte abraço,
Alexandre Mapurunga
Assuntos Jurídicos da ABRAÇA - Associação Brasileira de Ação por Direitos das Pessoas com Autismo

Não há epidemia de autismo, sugere estudo norueguês
ScienceDaily (28 de fevereiro de 2011) - Um sub-estudo do Distúbios do Espectro do Autismo (ASD), liderado pela MS. Posserud foi realizado como parte do Projeto "Barn i Bergen" (Crianças em Bergen). O estudo mostra que o diagnóstico de ASD pode ser aplicado a um por cento da população.
ASD é um termo coletivo para diagnósticos tais como o autismo (autismo infantil), síndrome de Asperger, autismo atípico e outros traços autistas. Os sinais clássicos de comportamento autista incluem dificuldades de comunicação, poucas habilidades sociais, comportamentos repetitivos e interesses muito específicos.
Resultados diferentes
Um estudo realizado em 1998 revelou que o autismo ocorreu em 0,05 por cento das crianças norueguesas. Os números do projeto "Barn i Bergen" poderia ser interpretado no sentido de que a incidência de autismo aumentou dramaticamente. No entanto, MS. Posserud pensa que é importante minimizar a diferença nos resultados.
"É difícil saber se as diferenças entre esses estudos refletem um aumento real na incidência de autismo. Nossa conclusão é que o crescimento do espectro autista pode ser explicada principalmente pelo uso de métodos de levantamento mais abrangentes e, por conseguinte, que não estamos diante do surgimento de uma epidemia de autismo", diz a MS. Posserud, que é médica e pesquisadora na área de psiquiatria infantil do Hospital Universitário Haukeland de Bergen.
Mais amplo diagnóstico
Pesquisadores envolvidos no projeto "Barn i Bergen" tem resultados muito variáveis, quando utilizados diferentes métodos para investigar o mesmo grupo de crianças. O primeiro sub-estudo concluiu que 0,44% das crianças tinham autismo, enquanto que o resultado de alguns anos mais tarde, foi de 0,87%.
Segundo a Dra. Posserud, a razão para a diferença é que os investigadores conduziram uma pesquisa mais extensa na último sub-estudo, que incluiu um teste clínico abrangente, para além de um questionário e entrevistas com os pais das crianças.
"O exame clínico revelou diversos novos casos do doença. Isto sugere que um diagnóstico de ASD não pode ser descartada apenas com base em entrevistas com os pais", explica MS. Posserud.
Segundo a Dra. Posserud, são as crianças com inteligência normal, que na maioria das vezes passam despercebidas. Estas crianças não estavam incluídas na definição de autismo, algumas décadas atrás, quando o diagnóstico foi aplicado somente nos casos mais graves. Os transtornos autísticos cobrem hoje as dificuldades de interação social através de uma gama de habilidades intelectuais. Como a definição foi expandida, muitas mais pessoas foram diagnosticadas com autismo.
A pesquisa foi financiada pelo Conselho de Pesquisas do Programa de Saúde Mental da Noruega.

2 de mar. de 2011

Informe Reuniao Senado dia 28 fev

Encaminho para conhecimento de todos, o informe de Regina Atalla, Presidente da Riadis, sobre a última reunião do Senado acerca da comissão para regulamentação da convenção...
Um forte abraço,
Alexandre Mapurunga

---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Regina Atalla <presidente.riadis@gmail.com>
Data: 1 de março de 2011 22:02
Assunto: Informe Reuniao Senado dia 28 fev
Para: mapurunga@gmail.com, Claudia Grabois <claudiagrabois@hotmail.com>

 

Ola a todos,

 

Informe sobre a reuniao no gabinete do Senador Lindbergh do dia 28 de fevereiro.

 

Estiveram presentes cerca de 25 a 30 pessoas entre representantes de organizações da sociedade civil ( CVI Brasil, ABRAÇA, ONCB, IBDD e outras que não recordo o nome), CONADE e representantes de governo e assessores do Senado e da Camara.

 

O Senador abriu a reunião explicando que ele pode contribuir trabalhando em 2 frentes que correm paralelas. Uma delas é a regulamentação da CDPD que estará a cargo da Comissao temporária que será lançada no dia 21 de março. A outra área de ação refere-se ao dialogo e pressão do senador junto aos diversos órgãos de governo para cobrar e fazer cumprir as demandas especificas do movimento.  Por sugestão  a discussão inicial sobre as diferentes áreas de deficiência se transformou num levantamento de demandas que deverão ser enviadas ao Senador para que ele possa agir nos diferentes casos. Por volta de 17hs encerrou-se a reunião e um pequeno grupo permaneceu, no qual estive incluída a pedido do Senador, e continuamos a trabalhar nas questões operativas do seminário do dia 21 de março.

 

Avalio como muito positivo o resultado da reunião pelos seguintes motivos:

 

1 -Percebo a vontade das diversas entidades de se unirem em torno da regulamentação da CDPD, o que representa uma luz no final do túnel, neste movimento que conviveu historicamente com divisões e uma desunião que prejudica a todo o segmento.

 

2 – O respeito do Senador em ouvir os principais interessados para construirmos juntos e fazer mudanças na  proposta inicial. Aqui me refiro especialmente ao abandono da discussão por áreas de deficiência para um levantamento das demandas e também com uma reprogramação do calendário apresentado ( a tendência é termos 15 dias entre as reuniões no Senado, em vez de reuniões semanais).

 

3 – A consolidação da liderança da sociedade civil como um interlocutor qualificado importante, resultado dos documentos apresentados (  a carta aberta e proposta da sociedade civil), situação que nos coloca de forma legitima no grupo de frente que vai incidir e participar do grupo central que irá acompanhar todo o processo.

 

4 – Ficou definido que haverá um seminário introdutório sobre a Convençao, no período da tarde do dia 21 no Senado, junto com o lançamento da Comissão temporária. Informo com satisfação que fui escolhida para falar sobre o processo de construção da convenção, mudanças de paradigmas e a participação da sociedade civil  Neste dia 21 comemora-se o dia internacional da síndrome de Down e houve um acordo com alguns deputados da frente parlamentar que será realizado um evento na parte da manha na câmara para comemorar esta data.

 

5 – Definiu-se ainda que haverá uma reunião 15 dias após o seminário do dia 21 de março para trabalhar no plano de ação e calendário de trabalho desta comissão.

 

Bem, creio que este é o resumo da reunião.

 

Abs,

Regina


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