17 de jun. de 2009

Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (Sensibiliza UFF) é inaugurado

16/6/2009

A UFF agora tem um núcleo destinado à acessibilidade e inclusão de estudantes portadores de necessidades especiais. A inauguração do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão – Sensibiliza (Nais–UFF), realizada no dia 10 de junho, contou com a presença de dirigentes, estudantes e coordenadores de outras instituições envolvidas no trabalho.

Além de transpor as barreiras físicas, o núcleo capacita professores e desenvolve instrumentos adaptados para os diferentes tipos de déficits. A aluna do curso de Biologia Isabelle Guimarães é bolsista do projeto de extensão "Escola de Inclusão", ligado ao Sensibiliza. "Criamos materiais didáticos, como célula com imã para deficientes visuais", disse. A coordenadora do núcleo, professora Luiza Moreira da Costa, destacou a importância de articulações dentro e fora da UFF para a manutenção do Nais e explicou a evolução do projeto de extensão para núcleo, com apoio da Pró-reitoria de Assuntos Acadêmicos (Proac).

Portador de paralisia cerebral, o aluno do último semestre do curso de Física Thiago Lacerda agradeceu à equipe do Sensibiliza e desabafou: "A sociedade brasileira ainda é muito preconceituosa". Ele está à espera do resultado das provas para ingresso no mestrado. O reitor Roberto Salles se desculpou em nome da UFF pelos 30 anos de atraso da universidade na questão da acessibilidade de deficientes, e garantiu que todas as obras na instituição estão sendo feitas com essa preocupação. Em seguida foi inaugurado oficialmente o núcleo.

Na sequência, os participantes da cerimônia se dirigiram ao pátio da Biblioteca Central do Gragoatá, onde assistiram a apresentação do Grupo Oficina do Som, formado por deficientes visuais, que tocam instrumentos feitos com material reciclado.

Ao final do evento, a coordenadora do projeto "Café no Escuro: ver e não enxergar", Susana Planas, mostrou, baseada nas leis da física, experimentos que iludem o olho humano e estimulam os outros sentidos. Além da aula, os participantes sentiram um pouco o que enfrentam os deficientes visuais: de olhos vendados e bengala, foram conduzidos por um labirinto e, numa simulação de bar, tomaram um cafezinho com biscoito. "É preciso relativizar a visão", reiterou Susana.

Fonte: [UFF Notícias]

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