5 de jun. de 2010

Oficina de Web-ativismo para pessoas com Deficiência

No último sábado, dia 29/05/2010, aconteceu na Associação de Cegos do Estado do Ceará a primeira das quatro oficinas de web-ativismo do Projeto Movimento 2.0. Foi um momento de aprendizado e construção coletiva onde se discutiu a evolução e o papel dos movimentos sociais e como as novas ferramentas da Internet e mídias sociais podem potencializar a luta do Movimento de Pessoas com Deficiência.

Alexandre, Flávio, Paulo e Josué na discussão sobre história e evolução dos movimentos sociais

Foram mostrados exemplos de ativismo digital e de como cada caso atua na mobilização, sensibilização, troca de experiências. Sandra Tavares do Univeros Down e do Movimento de Pessoas com Deficiência do Ceará falou de sua experiência e atuação usando listas de discussão, para contextualizar a luta e mobilizar pessoas. Reforçou que o ativismo virtual não substitui a ação real, mas complementa e reforça nossa atuação.

Sandra Tavares do Universo Down

A oficina seguiu com a discussão sobre o uso prático das ferramentas e serviços oferecidos na internet, de como eles são úteis e quais os problemas de acessibilidade para usar e administrar esses serviços, tais quais blogs, grupos de discussão, redes sociais, podcasts... As páginas da Internet foram apresentadas através de um leitor de tela. Tiago Casal e Aurenir Lopes prestaram consultoria quanto ao uso do leitor de tela e da acessibilidade serviços web para pessoas com deficiência visual.

Evandro, Tiago, Aurenir , Janaína discutindo acessibilidade e o usabilidade dos serviços Web

Ao final foi criado o Grupo de Web-ativismo das pessoas com deficiência de Fortaleza para congregar os participantes do projeto e articular as ações. Deste mesmo grupo farão parte os participantes das outras oficinas do Projeto Movimento 2.0 ou quem por ventura vier a se engajar nas atividades decorrentes...


Uma coisa que se notou foi que os mecanismos de validação do usuário, aqueles que exigem que você digite códigos para validar seu cadastro, são realmente complicados de se entender mesmo em sua versão acessível em que o código é falado, em alguns casos precisando que o código seja ouvido e digitado várias vezes até que se consiga entender e acertar que números são ditos em meio aos ruidos. O cadastroTwitter, que não têm versão em português e autenticação alternativa se dá por escrever palavras que são ditas em inglês em meio a ruidos que impedem a compreensão do que é dito, é quase impráticavel de forma autônoma para um cego que não saiba muito bem inglês.

Os participantes das oficinas se comprometeram em articular ações através do Grupo que promovam a visibilidade da pessoa com deficiência com deficiência visual como podcast da Acec, artigos e notícias da comunidade dos associados da Acec.

Alexandre Mapurunga
Coordenador do Projeto
Projeto Movimento 2.0

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